Atividade física pode ser aliada da psicoterapia

O Dia do Psicólogo é comemorado em 27 de agosto e em ano de Olimpíadas a prática de exercícios físicos é lembrada. Mas qual a ligação entre os dois temas? A atividade física aliada ao tratamento psicológico pode ser uma importante combinação para a recuperação de pacientes em quadros depressivos, transtorno de pânico, ansiedade e até mesmo bipolaridade.

“Quando um indivíduo inicia a prática de exercícios físicos regulares, estimula o organismo a produção de endorfina, substância responsável por causar sensação de relaxamento e bem-estar”, explica a psicoterapeuta do Espaço Vitale Ana Carolina Coelho.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é atualmente a segunda causa de incapacidade no mundo, aproximadamente 121 milhões de pessoas sofrem dessa enfermidade. “O ser humano não é uma coisa só, é preciso buscar o equilíbrio físico e emocional. A atividade física em grupo pode retirar o paciente (com depressão) do quadro de isolamento” observa Ana Carolina. Mas faz um alerta: “É preciso ter cuidado para não haver uma sobrecarga emocional. Dependendo do grau da depressão, primeiro é necessário reestruturar esse paciente e depois, quando já estiver com capacidade de ter prazer, de sair de casa, de socializar, então é o momento de aliar a algum exercício físico”.

A depressão é a segunda causa de incapacidade no mundo, aproximadamente 121 milhões de pessoas tem a doença

A psicoterapia, entre outras características, trabalha com a qualidade das relações humanas, melhora o autoconhecimento e a busca da autonomia existencial. Por isso, atividades físicas em grupo, como a dança, por exemplo, tem efeito psíquico positivo. “O contato físico e afetivo que a dança proporciona, a relação com outro ser humano, é uma socialização positiva e tem uma resposta terapêutica direta”, aponta.

A atividade física pode ser um complemento ao tratamento da psicoterapia, mas é necessário evitar frustrações. “Não adianta o psicoterapeuta indicar que o paciente inicie uma academia se ele nunca gostou. É importante achar uma modalidade em que o indivíduo se sinta bem”, completou Ana Carolina.