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Os impactos das mudanças climáticas na saúde humana

Foto do escritor: Saúde PASSaúde PAS

impactos das mudanças climáticas

As recentes ondas de calor extremo no Rio Grande do Sul nos alertam para o fato de que mudanças climáticas têm se tornado, cada vez mais, um dos grandes desafios da atualidade. Elas afetam não apenas o meio ambiente, mas também a saúde humana. Do aumento das temperaturas globais a eventos extremos, como ondas de calor, inundações e secas, tais condições intensificam doenças preexistentes e ampliam a incidência de novas enfermidades.


Dentre os principais efeitos das mudanças climáticas na saúde, estão o aumento de doenças respiratórias e cardiovasculares, a propagação de enfermidades transmitidas por vetores e o agravamento de distúrbios mentais devido ao estresse ambiental. Trabalhadores expostos ao calor extremo, comunidades com acesso precário à água potável e alimentos, além de idosos e crianças, são os mais afetados. Diante desse cenário, entender as causas, consequências e formas de prevenção se torna peça fundamental na garantia do bem-estar global.


Calor extremo

As temperaturas elevadas podem desencadear uma série de efeitos adversos à saúde humana e é um dos principais fatores de estresse térmico. Quando o organismo fica exposto ao calor excessivo por períodos prolongados, há um aumento do risco de desidratação, exaustão térmica e insolação, condições potencialmente fatais. Indivíduos com doenças cardiovasculares também podem apresentar piora no quadro clínico, devido ao aumento da frequência cardíaca e do esforço do sistema circulatório para dissipar o calor. Os dados são alarmantes: segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 2,4 bilhões de trabalhadores ao redor do mundo estão expostos a temperaturas elevadas, aumentando a incidência de doenças ocupacionais e reduzindo a produtividade. Isso sem falar na exposição prolongada ao calor, que está relacionada a uma maior taxa de hospitalizações por doenças cardiovasculares e renais, impactando diretamente os sistemas de saúde.


Doenças respiratórias e poluição do ar

As mudanças climáticas também têm influência significativa sobre a qualidade do ar, e o resultado é a intensificação da incidência de doenças respiratórias. O aumento das temperaturas favorece a formação de poluentes como o ozônio troposférico, um dos principais responsáveis pelo agravamento de condições como asma e bronquite crônica. Eventos extremos como incêndios florestais ainda elevam a concentração de material particulado no ar e afetam a inflamação das vias respiratórias, de forma a contribuir para o desenvolvimento de doenças pulmonares. Estimativas dão conta de que 1,6 bilhão de pessoas ao redor do mundo estejam expostas à poluição atmosférica no ambiente de trabalho, resultando em até 860 mil mortes anuais. A prevenção passa pela adoção de políticas de controle de emissões, incentivo ao uso de energias limpas e medidas individuais, como evitar exposição prolongada a ambientes poluídos e utilizar equipamentos de proteção respiratória quando necessário.


Propagação de doenças transmitidas por vetores

Outro efeito das mudanças climáticas é a expansão das áreas de distribuição de vetores como mosquitos, carrapatos e pulgas. O aumento da temperatura e da umidade favorece a proliferação desses organismos, o que eleva os riscos de doenças como dengue, zika, chikungunya e malária. Segundo a Fiocruz, a incidência dessas doenças pode aumentar exponencialmente em regiões tropicais, incluindo o Brasil, onde eventos climáticos extremos têm se tornado mais frequentes. Para combater esse problema, atenção especial para o controle de criadouros de mosquitos, campanhas de conscientização, melhoria das condições de saneamento básico e uma maior vigilância epidemiológica para identificar surtos com antecedência e mitigar seus impactos na população.


Principais alertas e prevenções para o dia a dia

Diante das inegáveis mudanças climáticas, algumas medidas podem ser adotadas em nossas rotinas para minimizar seus impactos na saúde. Algumas delas são:


  • Hidratação constante: manter a ingestão adequada de líquidos para evitar desidratação e exaustão térmica.

  • Evitar exposição ao sol nos horários mais quentes: especialmente entre 10h e 16h.

  • Utilizar roupas leves e protetor solar: para minimizar os impactos do calor sobre a pele e reduzir o risco de câncer de pele.

  • Monitoramento da qualidade do ar: evitar esforços físicos em dias de alta poluição.

  • Atenção redobrada com grupos vulneráveis: idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas devem receber cuidados especiais.

  • Políticas públicas de mitigação: incentivo a energias renováveis, controle da poluição e melhora das condições sanitárias.


A conscientização e a adoção de medidas preventivas ajudam no enfrentamento dos desafios coletivos impostos pelas atuais mudanças climáticas. Não esqueça de cuidar de si e de fazer a sua parte!

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